Gerenciamento de requisitos no SEI-CMM e ISO 9000
Gerenciamento de requisitos no SEI-CMM
Em novembro 1986, o Instituto de Engenharia de Software (SEI), de Carnegie-Mellon University, iniciou o desenvolvimento de um framework para acompanhar a maturidade do processo com a finalidade de ajudar aos desenvolvedores em seus projetos de software. Em setembro de 1987, o SEI realizou uma breve descrição do seu framework para o processo de maturidade após passar por ampliação de Watts Humprey’s – Managing the Software Process (1989). Em 1991, esse framework foi encapsulado naquilo que se denominou versão 1.0 do Capability Maturity Model, ou CMM. Em 1993 a versão 1.1 do CMM foi publicada (SEI 1993). A versão 1.1 define cinco níveis de maturidade de software para uma organização e provê um framework para condução de um nível para o nível seguinte, como ilustrado na figura 1. O CMM conduz o desenvolvedor através das suas atividades e ajuda a organização a acompanhar os seus processos de software, objetivando o reaproveitamento, controle e estimativa do processo.
Desconsiderando as controvérsias e discussões sobre as vantagens e desvantagens do CMM, a simples análise dos resultados comparativos mostram a aderência do CMM, pois confirmam o aumento significativo da qualidade de software e o baixo custo despendido pela adoção da metodologia por muitas empresas. O CMM tem sido adotado por muitas organizações do mundo todo e essas organizações, segundo os seus relatos estatísticos, têm obtido retorno positivo de investimento. O retorno aferido refere-se aos aumentos de produtividade e significante redução do tempo de construção dos produtos. Em uma época de progressivo aumento de ambientes competitivos, por mínimo que seja o ganho em produtividade não pode ser ignorado.
O CMM dispõe um framework para monitoramento em ‘áreas chaves do processo’, ou das atividades organizacionais que forem identificadas como as que influenciam em vários aspectos o processo de desenvolvimento e resulta na qualidade do software desenvolvido. A tabela 1 identifica as áreas chaves do processo de todos os cinco níveis do CMM.
O CMM sumariza a área do processo de gerenciamento de requisitos da seguinte forma: O propósito da gerencia de requisitos é o estabelecimento de um entendimento comum entre usuários e a equipe de software para as necessidades dos usuários.
O entendimento comum entre os clientes e a equipe de desenvolvimento serve como base para o acordo, que é documento central que define e controla as atividades seguintes. Requisitos são controlados para estabelecer a linha de base para o gerenciamento da engenharia de software utilizada. O CMM estabelece um guia específico para todas as atividades, planos, agendas. Os produtos de software são ajustados para serem desenvolvidos ou modificados quando necessário para se tornarem consistente com os requisitos alocados para o software. Desta maneira, o CMM promove a organização numa visão integrada consistente com o plano do projeto e as atividades. Para suportar esse processo, os requisitos do software devem ser documentados e revistos pelo gerente de software e grupos afetados, incluindo representantes dos clientes e comunidade de usuários.
A especificação de requisitos do software serve como o documento central do projeto, definindo o relacionamento entre outros elementos do plano do projeto. Os requisitos inclusos são os requisitos técnicos (relativos ao ambiente da aplicação) e os não-técnicos (outros requisitos do projeto, incluído cronograma entre outros). Adicionalmente, critérios de aceitação, que são os testes e estimativas que poderão ser utilizadas para a validação do software de encontro aos requisitos. Portanto, tudo deverá ser estabelecido formalmente e documentado.
Em suma, o CMM prover uma visão compreensiva das atividades que devem ser aplicadas para a qualidade de software e um aumento de produtividade. O eficiente gerenciamento de requisitos é a parte fundamental desse processo.
Gerenciamento de requisitos em ISO 9000:2000
Atualmente, a ISO 9000 foi adaptada pela comunidade européia como EN29000 e foi um fator importante para o comércio internacional; organizações que desejavam ter negócios na Europa, freqüentemente apresentavam a certificação ISO 9000. Então, com a globalização da economia, muitas corporações americanas tem adotado a ISO 9000 para assegurar sua credibilidade no mundo dos negócios.